As Festas da Nossa Senhora do Monte, a Padroeira da pitoresca cidade do Lubango, arrancam este sábado, 31 de Julho. A Administração Municipal, promotora das referidas festividades, programou para a edição 2009 eventos tradicionais como a Expo Huíla tida como a segunda bolsa de negócios do país depois da FILDA -, a Feira do Gado, o concurso Miss Huíla, o evento de moda Huíla Fashion e a prova de pista “ 200 quilómetros da Huíla” em motos e automóveis, campeã das audiências e responsável pelas maiores enchentes populares no Complexo da Nossa Senhora do Monte.
O dia da cidade, que se assinala a 15 de Agosto, tem reservada uma procissão (cerimónia religiosa), com feriado municipal decretado pelas autoridades locais. Para Virgílio Adriano Tyova, Administrador Municipal do Lubango, o essencial para as festas da Nossa Senhora do Monte é o asseguramento destes eventos pela sua administração, pois “tudo o que vier a seguir será de facto um ganho”. O governante informou ainda que este ano estão integradas no programa das festas algumas acções políticas e administrativas, nomeadamente a Conferência Provincial de Urbanismo e Habitação e o Conselho Consultivo do referido ministério, assim como de um torneio nacional de basquetebol, patrocinado pela FESA, uma exposição sobre o turismo, entre outras em projecção. “Teremos este ano umas festas possíveis, tendo em conta as nossas insuficiências monetárias porque continuamos sem receber verbas para tal. Já tentámos ensaiar todos os modelos possíveis e nada surtiu efeito. Por isso, enquanto não forem declaradas as Festas da Nossa Senhora do Monte como evento de utilidade pública com um orçamento específico, o Estado terá sempre que patrocinar sob pena de nunca termos as festas ideais”, queixou-se. O sentimento generalizado dos munícipes é que as Festas do Lubango perderam muito do seu encanto desde 1992, sobretudo na área da Feira. Dizem que existem menos atracções e que se perderam no tempo as barracas de sorteios e outros divertimentos como tiro ao alvo, o jogo das argolas, as rifas e roletas. “Naquela altura a pessoa podia deslocar-se ao complexo da Nossa Senhora do Monte sem pensar na distância porque para além de muita coisa para recrear nos bares e barracas de comes e bebes, o preço dos produtos era inferior em relação aos recintos da cidade. Fala-se que o Estado subsidiava principalmente as bebidas fabricadas aqui, como a gasosa e a cerveja. Hoje, o que é que interessa ir lá com todo dispêndio se o preço da cerveja é mais caro que no nosso bairro?”, desabafou um citadino.
O dia da cidade, que se assinala a 15 de Agosto, tem reservada uma procissão (cerimónia religiosa), com feriado municipal decretado pelas autoridades locais. Para Virgílio Adriano Tyova, Administrador Municipal do Lubango, o essencial para as festas da Nossa Senhora do Monte é o asseguramento destes eventos pela sua administração, pois “tudo o que vier a seguir será de facto um ganho”. O governante informou ainda que este ano estão integradas no programa das festas algumas acções políticas e administrativas, nomeadamente a Conferência Provincial de Urbanismo e Habitação e o Conselho Consultivo do referido ministério, assim como de um torneio nacional de basquetebol, patrocinado pela FESA, uma exposição sobre o turismo, entre outras em projecção. “Teremos este ano umas festas possíveis, tendo em conta as nossas insuficiências monetárias porque continuamos sem receber verbas para tal. Já tentámos ensaiar todos os modelos possíveis e nada surtiu efeito. Por isso, enquanto não forem declaradas as Festas da Nossa Senhora do Monte como evento de utilidade pública com um orçamento específico, o Estado terá sempre que patrocinar sob pena de nunca termos as festas ideais”, queixou-se. O sentimento generalizado dos munícipes é que as Festas do Lubango perderam muito do seu encanto desde 1992, sobretudo na área da Feira. Dizem que existem menos atracções e que se perderam no tempo as barracas de sorteios e outros divertimentos como tiro ao alvo, o jogo das argolas, as rifas e roletas. “Naquela altura a pessoa podia deslocar-se ao complexo da Nossa Senhora do Monte sem pensar na distância porque para além de muita coisa para recrear nos bares e barracas de comes e bebes, o preço dos produtos era inferior em relação aos recintos da cidade. Fala-se que o Estado subsidiava principalmente as bebidas fabricadas aqui, como a gasosa e a cerveja. Hoje, o que é que interessa ir lá com todo dispêndio se o preço da cerveja é mais caro que no nosso bairro?”, desabafou um citadino.
Festas: o percurso no tempo
Consta que as Festas da Nossa Senhora do Monte começaram a ser celebradas em 1901, embora nesse primeiro ano não tivessem ainda o carácter de romaria. Nenhuma paróquia a escolheu inicialmente para sua padroeira, porque era de todas instaladas no Lubango, na Humpata, Chibia, Caculovar e outras localidades. Era a Senhora da Madeira, Portugal, a terra natal dos colonos que se basearam na região. Por isso, não podia ficar com o padroado circunscrito a uma simples paróquia. Tinha que ficar no ponto mais alto a presidir aos destinos de todos, como farol a indicar ou traçar caminhos rectos para o futuro. Neste mesmo ano um grupo de madeirenses pediu a colaboração de outros e do pároco do Lubango, que imediatamente deu o seu patrocínio à ideia da construção de uma capela em honra de Nossa Senhora do Monte. E nesse mesmo ano, a 6 de Outubro, foi escolhido como ideal para o projecto um terreno na Povoação de Cima, comprando-o a um colono. Ficava situado à entrada do actual Complexo de Nossa Senhora do Monte, do lado direito. Aos 15 de Agosto de 1902, ainda com a capela em construção, o pároco celebrou missa campal junto à ermida inacabada, diante de uma imagem de Nossa Senhora da Conceição, levada da paróquia. Concluída a construção da capelinha, com a imagem de Nossa Senhora do Monte adquirida do Porto (Portugal) instalada no altar, foi abençoada em 14 de Agosto de 1903 pelo pároco, padre José Martins, em representação do Bispo de Angola e Congo. No dia seguinte, foi já com certa solenidade que se celebraram as Festas de Nossa Senhora do Monte com actos religiosos e com bazar de prendas e divertimentos populares junto à capelinha. É daí que todos os anos, no dia 15 de Agosto, a população do Lubango e arredores subia à capelinha de Nossa Senhora do Monte para celebrar a romaria que se tornou tradicional. Em 1919, nasceu a ideia de levar Nossa Senhora do Monte para ponto mais elevado. Pretendia-se construir uma capela mais ampla e mais segura, em local visível para toda vila. Assim, a nova capela que imitava a traça do templo de Nossa Senhora do Monte na Madeira, foi inaugurada em 15 de Agosto de 1921. É a actual capelinha, alcandorada na encosta da Montanha. As Festas de Nossa Senhora do Monte passaram, desde então, a celebrar-se com maior solenidade. De toda parte ocorre gente para a romaria, em 15 de Agosto de cada ano.
Fonte : O País ( online ) por João Luhaco
